ALERTA À POPULAÇÃO
Desde as festas de fim de ano, voltou a aumentar o número de relatos de pacientes que associam graves prejuízos oculares ao uso de pomadas capilares para modelar e fixar penteados. Relatos recentes que circulam em redes sociais e ambientes hospitalares associam reações, como cegueira temporária, irritação e sensação de queimadura nos olhos, ao uso de pomadas modeladoras de diferentes marcas e fabricantes, o que indica a necessidade de atenção pelos consumidores à composição química desses produtos. O alerta é do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), que divulgou orientações à população para evitar esse tipo de problema.
De acordo com o CBO, fórmulas que contam com metilcloroisotiazolinona (MCI) e metilsotiazolinona (MI) - ambos compostos químicos utilizados em cosméticos dessa natureza - são uma ameaça à visão. Esses conservantes contêm elementos tóxicos à pele e mucosas, podendo causar alergias e queimaduras nos olhos e na pele, além de toxicidade pulmonar e neurotoxicidade. Nos olhos, estes compostos químicos podem provocar blefarites (inflamações das pálpebras), conjuntivites (inflamação da conjuntiva) e ceratites (úlceras de córnea), bem como o grave comprometimento da visão.
A presidente do CBO, Wilma Lelis, considera o alerta da entidade um serviço de interesse público. “O Conselho Brasileiro de Oftalmologia congrega os especialistas dessa área e tem acompanhado atentamente problemas que afetam a saúde ocular da população. As orientações que emitem são baseadas em fortes evidências científicas, oferecendo maior segurança sobre como prevenir e tratar eventuais transtornos. Por isso, são importantes para pacientes, familiares e os próprios oftalmologistas”, disse.
Sérgio Kwitko, membro do CBO e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Córnea (SBC), elencou uma série de cuidados. Segundo ele, a primeira medida de proteção é consultar os rótulos das embalagens dos produtos, descartando a compra ou uso daqueles que possuem MCI e MI em suas fórmulas. A relação de produtos que não contém essas substâncias foi disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). CLIQUE AQUI PARA CONFERIR.
Se mesmo diante do risco, a pessoa insistir em sua aplicação, Kwitko faz algumas recomendações. Ele afirma que se deve evitar usar o produto nas áreas próximas aos olhos e ficar atento à possibilidade de o produto escorrer quando em contato com a água ou suor. Em casos de reações oculares adversas, deve-se lavar imediatamente a região afetada com soro fisiológico e procurar atendimento médico com urgência, de preferência com oftalmologista.
Preocupado com a situação e os danos causados, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia reitera junto aos órgãos responsáveis que reforcem a fiscalização sobre a comercialização dos produtos não autorizados pela Anvisa. Pede também que as empresas fabricantes sejam obrigadas a inserirem nas embalagens alertas claros e didáticos sobre os riscos à saúde que o contato com esses produtos pode gerar.
“Todos os meios de proteção à saúde individual e coletiva devem ser esgotados para que sejam evitados prejuízos maiores. A população não pode ficar à mercê de produtos irregulares, correndo o risco de desenvolver problemas oculares. Cabe à Vigilância Sanitária a adoção de medidas urgentes”, ressaltou Cristiano Caixeta Umbelino, membro do Conselho de Diretrizes de Gestão (CDG), ligado ao CBO.
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