Em setembro, quase 90 pacientes foram infectados após cirurgias do programa ‘Mais Visão’. Orientações foram publicadas pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e pela Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR).
O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa (ABCCR) publicaram recomendações sobre a realização de mutirões de cirurgias oftalmológicas após pacientes serem infectados pelo fungo Fusarium, no Amapá.
Esse fungo provoca a endoftalmite, que é um tipo raro de infecção produzido pela ação de microrganismos que penetram na parte interna dos olhos, como tecidos, fluidos e estrutura.
No dia 4 de setembro 86, de 140 pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos pelo programa 'Mais Visão', relataram vermelhidão nos olhos. A maioria dos procedimentos foi realizado em idosos.
Uma das orientações é que a prestação dos serviços ocorra em estabelecimentos com histórico de prestação desse tipo de serviço e não em unidades móveis ou com utilização de estruturas temporárias.
“A adoção dessas medidas é fundamental para que casos, como os registrados recentemente no Amapá e já ocorridos em outros estados, não voltem a acontecer”, disseram as entidades.
Outra orientação é que os pacientes sejam acompanhados por até 30 dias pela equipe responsável, sendo obrigatória a comunicação de qualquer situação fora do comum para a vigilância sanitária.
Pacientes infectados
No dia 4 de setembro, 86 pacientes que passaram por procedimentos cirúrgicos relataram vermelhidão nos olhos. As cirurgias foram realizadas pelo Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate (Capchinhos).
Atendimentos aos pacientes afetados
O diretor do programa informou que nas primeiras 24 horas após as cirurgias os pacientes atendidos no dia 4 de setembro não apresentaram problemas. Segundo ele, os sintomas foram percebidos três dias depois.
O governo do Estado informou na época que assim que foi notificada sobre o problema pela empresa, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) iniciou uma investigação para identificar o que motivou as infecções.
Veja também:
A direção do programa informou ainda que todos os protocolos foram usados desde a instilação de colírios, infiltrações de injeções dentro do olho e cirurgias.
O programa Mais Visão existe há três anos e foi responsável pela descentralização dos atendimentos oftalmológicos realizados em Macapá. Cerca de 100 mil cirurgias já foram realizadas.
Fonte: g1 Amapá
Você sabe como funciona nossa visão? Nossos olhos podem ser comparados com câmeras fotográficas...
Caso: danos irreversíveis no olho, em virtude da presença de um parasita, associado ao uso, sem os devidos cuidados, de lentes de contato...
Apesar de ser encarada pela maioria das pessoas como algo simples e automático, a visão possui um universo de curiosidades...